Novo RaNDoM

Se existe algo que pode mudar a experiência que temos com filmes ou games é a trilha sonora. Às vezes uma boa história (ou um bom jogo) podem perder todo o brilho por conta de uma direção musical ruim. Ou inverso: às vezes a produção pode ser deplorável, mas a trilha sonora pode salvar a pátria, ou até mesmos e tornar icônica (duvido que alguém aí não saiba cantar a música da primeira fase de Super Mario Bros., do NES). E o que dizer de um jogo em que personagens icônicos de uma empresa se juntam para uma corrida embalada por músicas tão icônicas quanto?! Essa é a premissa de "Sonic and All-Stars Racing Transformed" (SASRT), a mais nova entrada do ouriço azul cobalto da Sega no mundo das corridas de kart. Pelos comentários que circulam na internet, a trilha sonora do jogo é a cereja do bolo. Vamos entender o porquê.

Antes de entender a trilha sonora, é bom saber do que se trata o jogo. SASRT não é um jogo de corrida do Sonic, ao contrário do que o nome possa indicar, mas sim de personagens lançados pela Sega com o passar dos anos. Então, além da turma criada por Yuji Naka, você também encontrará outras estrelas da empresa, e até alguns "convidados", como a corredora Danica Patrick e Ralph, do filme "Detona Ralph". As pistas do jogo são baseadas em algumas das séries representadas pelos personagens, e em algumas outras que se perderam com o tempo ("Burning Rangers", lançado em 1998, para o finado Sega Saturn). E é aí que mora a magia, pois não só as pistas trazem um visual atualizado às séries, como as suas músicas também receberam tratamento semelhante, cheio de remixes. E acredite: em alguns casos, superaram as originais. Aliás, e para a alegria da nação, a Sega manteve o mesmo estilo de arranjos de "Sonic Riders: Zero Gravity", com a música mudando de acordo com o que acontece na corrida.

Vamos começar pela minha favorita: o remix do tema de "Golden Axe", do Mega Drive (o original você ouve aqui).

Outra que também merece atenção é a música da pista baseada no jogo "NiGHTS into dreams", do Sega Saturn (não encontrei a versão original, mas em "Sonic Adventure", do Dreamcast, existe a versão que serviu de base para o remix. Ouça aqui).

Pra não dizer que o jogo vive de música eletrônica, o tema da pista de "Samba de Amigo" traz uma batida diferente... Em espanhol. Não existe uma "versão original" da música, visto que "Samba de Amigo" é um jogo "de ritmo", em que você joga com um macaco tocador de maracas. E sim, como você deve ter adivinhado, ele é brasileiro (sério! A Sega jura de pés juntos que ele é brasileiro). Eu disse que o macaco (chamado de Amigo) usa um sombrero?

O tema da pista baseada em "After Burner", jogo em que você controla um caça de guerra, lançado originalmente para arcades, é um dos temas mais "tensos" do título. Aliás, não só o tema, mas também a introdução, que usa a música do "After" original.

Intro

Durante a corrida

A pista baseada em "Skyes of Arcadia" (ou Eternal Arcadia), originalmente lançado para outro finado, o Sega Dreamcast, traz uma mistura de dois temas do jogo, mais um arranjo feito em cima da trilha de "Sonic R" (Saturn). 

E vamos encerrar essa lista, antes que fique longa demais, com a música da pista baseada em "Burning Rangers", citado no começo desse especial. O jogo, infelizmente, foi lançado no fim do ciclo de vida do Sega Saturn (o Dreamcast foi lançado um ano depois), mas foi outro que ficou marcado por sua trilha sonora. A música original você encontra aqui (e vale tanto a pena quanto o remix).

Enfim, se você é fã da Sega, vai se sentir como uma criança numa loja de brinquedos, com tantas versões de músicas dos tempos áureos da empresa. Esse, sem dúvida, foi um grande trabalho musical!

BONUS: tem mais uma música que vale a pena ouvir. É o "All-Star theme" de seu avatar no Xbox 360 (se você tem um, claro). Quer ouvir o original? Então ligue seu Xbox, vá para a "Avatar Market Place" e preste atenção à música de fundo!

Ah, e para não dizer que não existem músicas originais em SASRT, aqui vai a excelente música da tela de press start.

Mais um round da guerra de consoles está prestes a começar. A Nintendo já fez seu primeiro movimento, lançando o Wii U. Ontem, durante uma conferência realizada em Nova York, a Sony anunciou o seu PlayStation 4, que, até o momento, parece ser o console mais poderoso desta nova geração. A Microsoft continua calada a respeito do sucessor do Xbox 360. Talvez porque estivesse esperando os movimentos de suas rivais. O ponto é que as peças já começaram a se mexer no tabuleiro. Enquanto todos os competidores não estão nas prateleiras das lojas, vamos dar uma olhada no que essa nova geração promete.

Primeiro ponto óbvio: os gráficos. Por mais que alguns de nós chiemos, dizendo que as produtoras estão mais preocupadas com o quesito gráfico, é fato de que essa nova geração vai trazer imagens mais bonitas do que a geração atual (sim, isso é possível). A Nintendo trouxe, pela primeira vez em sua história, gráficos em alta definição. Ao passo de que isso é algo muito bom, pode também ser um tiro no pé, pois o Wii U é graficamente compatível com o PS3 e o 360... Que já tem 6 anos de vida! Do outro lado do ringue, Sony e Microsoft prometem uma nova revolução gráfica. Basta ver os vídeos exibidos pela mãe do PlayStation na conferência de ontem para você ter uma ideia do que estou falando. Em resumo, para aqueles fãs de número de polígonos, efeito de partículas, sombreamento e texturização em tempo real, o fim do ano promete um prato cheio.

Mas aí entramos num ponto interessante. Será que só de gráficos em alta definição vive o homem? Vamos pensar um pouco. Por mais da metade dos anos que durou a geração anterior, o Wii dominou o mercado. Comparado ao PS3 e ao 360, ele era o mais fraco, graficamente falando. Mas então, como ele fisgou o público? Simples: sua jogabilidade inovadora! Por mais que muita gente reclame que jogar balançando os braços, segurando semelhante a um controle remoto, parece estranho, ninguém pode negar que o Wiimote (o controle do console) revolucionou o mercado de games. Se isso fosse mentira, creio que nunca veríamos o PS(fail)Move ou o bem sucedido Kinect. A impressão que temos é que depois que o fracote Wii começou a deslanchar, a geração passou a se preocupar com a imersão do jogador por meio da jogabilidade e não somente por conta do número de polígonos usados para construir os seios da Chun Li no novo Street Fighter!

Adiantando um pouco a fita e dando uma olhada na geração atual, inaugurada pelo Wii U, dá para notar que a jogabilidade continua sendo o foco da vez. Quando a Nintendo anunciou seu novo console de mesa, os holofotes, mais uma vez, foram lançados sobre o seu controle. Na época do lançamento do Wii, a Nintendo chegou a realizar uma conferência inteira só para falar do Wiimote. E o mesmo aconteceu com o Wii U Gamepad, o controle "tablet" do novo console. A ideia não é nova, visto que a própria Nintendo já vem investindo nisso há tempos com a linha DS e 3DS de portáteis, mas pela primeira vez, tínhamos duas telas grandes, na sala de casa, para jogar. O mundo gamer foi pego de surpresa. No ano seguinte, a Microsoft anunciou um aplicativo chamado "Smartglass", que transformava seu tablet ou smartphone num periférico para o Xbox 360 (alguém tem ouvido falar nele?). A Sony, por sua vez, redesenhou o DualShock para que carrega-se uma pequena tela de toque, além de ter criado um... Tablet para jogos, que só existe no papel, mas que já foi patenteado.

E a jogabilidade não se resume a isso. O Wii U é completamente compatível com todos os controles de movimento do Wii, além de que o próprio Gamepad possui um giroscópio e um sensor de movimento próprios, criando até um novo tipo de jogabilidade: a assimétrica. Alguém joga no Gamepad, e outros 4 podem jogar na TV. Quem estiver com o tablet pode ter uma experiência completamente diferente dos que jogam na televisão. Não sei ao certo se Sony ou Microsoft pensaram em algo do tipo, mas quanto ao movimento, bem, temos novidades promissoras. O novo Xbox virá acompanhado de fábrica com a evolução do Kinect (e talvez com a redenção da Rareware..), enquanto o PS4 traz um DualShock desenhado para ter movimentos reconhecidos e suporte ao famigerado PS Move. 

O fim da era "Forever Alone"

Apesar de todas essas notícias a respeito da jogabilidade serem promissoras, vamos ser francos: nenhuma delas é nova. Tudo não passa de uma evolução natural do que começou há 7 anos. O que a nova geração promete de novidade é a tal da conectividade entre os jogadores. De novo citando o Wii U, a Nintendo apresentou ao mundo o "Miiverse", uma rede social composta pelos usuários do console. Lá eles podem conversar, fazer amizades, dividir experiências, pedir ajuda, enfim, é como se fosse uma praça onde as pessoas vão para conversar. Aliás, a tele inicial do console é de fato uma praça (a Warawara plaza), onde os posts mais populares da rede social aparecem. Além disso, essa rede social é amplamente compatível com os jogos do sistema. Pense em ver posts surgindo dentro do ambiente de jogo. Ou você fica preso em algum ponto do jogo e não sabe para onde ir. Tire um print da tela e poste no "Miiverse", junto a um pedido de ajuda. Ou então, fique bravo com a Ubisoft pelo novo atraso em "Rayman Legends" e use o perfil da empresa no "Miiverse" para xingá-los até a 3ª e 4ª gerações. As possibilidades são enormes. Aliás, em breve a Nintendo lançará um aplicativo do Miiverse para smartphones.

A Sony já prometeu que seu novo console permitirá gravar o que está na tela para postar nas redes sociais, graças ao novo botão "share" do DualShock 4. Além disso, creio que podemos esperar alguma coisa envolvendo a "PS Home",o "Second Life" do PS3, que foi ofuscado em algum ponto do seu ciclo de vida. A ideia era muito boa, mas parece que desandou em algum ponto. Todos torcemos pelo seu ressurgimento triunfal... Ou isso, ou a Sony inventa algum sistema de avatar, como os do 360, ou uns Miis, como os do Wii. Do lado X da força, temos... Silêncio. A Microsoft até agora não deu uma palavra sequer sobre o caso.

Olhe para o céu

Prometo que esse é o último ponto em que toco, antes que isso aqui fique longo demais! Todos os consoles da nova geração usam discos de 25 GB (camada simples) de armazenamento. É espaço pra caramba quando se trata de mídias. Se for camada dupla, os discos podem chegar aos 50 GB! Isso, porém, já era de se esperar. Baseado no sucesso da nuvem de armazenamento, a Sony anunciou um serviço chamado "PS Cloud". Na onde de o PS4 não ser retrocompatível com os discos do PS3, a empresa anunciou que por meio do armazenamento na nuvem, você poderá jogar os jogos do console anterior. Creio que outras utilidades para o serviço serão anunciadas. Ah, e pode esperar que a Microsoft anuncie o mesmo, visto que com o novo Windows 8 (alguém duvida que o próximo Xbox rodará uma versão desses sistema operacional?), a integração com o Skydrive se tornou muito maior. Nada mais natural que os usuários de seu console também usufruam desse serviço.

Pause

OK. Chega de falar e especular. Se você tem um bolso cheio o suficiente, vá se preparando pois nenhum dos três novos consoles têm previsão de lançamento aqui no Brasil. Até lá, vá juntando as moedinhas... Ou curta seu console atual mesmo. O PlayStation 2 só parou de ser fabricado no ano passado, o Wii só morreu no ano passado, e o PS3 e 360 ainda têm muita lenha pra queimar. Não precisa correr. Agora, se você correr, lembre-se: boa parte das novidades dos consoles não vai estar disponível para o Brasil na época do lançamento. Escolha o que vai te divertir mais, seja lá como você se divirta, e aproveite!

Há quase um ano, entrava no ar, pelo Blogspot, o "Random", um blog que, assim como o nome que carregava, procurava cobrir assuntos os mais variados possíveis. Aliás, não exatamente o conteúdo, mas as formas de transmiti-lo. Tanto que logo de saída você poderia encontrar na home do blog um poema, logo abaixo uma crônica, e depois um artigo de opinião. Tudo muito variado, para que não caíssemos na mesmice de nossos colegas da blogosfera.

Para que tal objetivo - megalomaníaco, certo?! - fosse alcançado, era preciso que tivéssemos uma equipe relativamente grande. E, bem, se você costumava clicar na página da equipe do site, já deve ter feito as contas e descoberto que, se meus cálculos não estão errados, pelo menos 30 nomes já circularam entre os autores do site. Alguns chegaram a ser nomeados, mas, infelizmente, nunca fizeram sua estreia. Outros, começaram e nunca mais pararam. E ainda tem aqueles que apareciam por essas páginas esporadicamente, ou foram e resolveram voltar. Enfim, muita gente já passou por aqui. E cá pra nós, digamos que nunca foi difícil encontrar quem estivesse disposto a colaborar.

Mudança de casa

Passamos algum tempo no Blogspot, quando nosso webmaster deu a ideia de nos transferirmos para o Wordpress, usando um domínio próprio, o orandomico.com. Levou um tempo até ajustarmos as coisas naquela casa. Pois pense, era um ambiente totalmente novo para alguns de nós, incluindo este que vos escreve. Uma semana antes da mudança oficial, migrei um de meus blogs para dentro do WP, para me habituar ao monte de opções e botões que a plataforma oferece. Como você, que nos lê há tempos, deve ter notado também, nosso período lá não foi dos mais fáceis.

Ficamos fora do ar pelo menos 5 vezes, algumas delas longas a ponto de voltarmos para o "theRaNDoM", aqui no Blogspot. Aliás, se você acessar nosso antigo domínio agora, não encontrará nada, nem o layout. Nem os textos antigos. Nada. Nosso período dentro do WP terminou de forma abrupta, graças a um vírus forte o suficiente para deletar tudo. Acredite em mim: nosso grupo interno no Facebook (a que, carinhosamente, chamávamos de "iRaNDoM"), ficou cheio de emoticons tristes por conta do ocorrido. Conheço algumas pessoas que, depois dessa, mandariam tudo para a "casa do chapéu" e não iriam querer saber de blog nem de coisa nenhuma. Mas não nós. Resolvemos utilizar essa nova baixa como um motivo para recomeçar. E digo isso de forma literal, porque todo o material do WP já era!

De volta pra minha terra

Depois de um período de festas, carnaval e afins, resolvemos voltar para onde começamos, e recomeçar o projeto. Primeiro, mudaríamos de nome. Por alguns dias o projeto ficou conhecido como [não vou revelar o nome, porque a coisa ainda tem potencial de acontecer], mas como internamente a ideia não foi unanimemente aceita, resolvemos só colocar um "novo" na frente do nome que todo mundo já conhece. Simples assim.

Você verá algumas caras novas na equipe, além das que já estão aqui há tempos e de mais alguns que voltaram ao lar. A ideia continua a mesma: gente escrevendo sobre o que bem entender. A forma com que fazemos isso... Bem, você verá. Durante nosso "recesso", tivemos algumas ideias, gravamos um piloto de algo novo (que, creio eu, colocaremos no ar em breve), e debatemos formas de fazer como fazer o "novo" ser "NOVO" mesmo. Espero que tenhamos chegado ao ponto de dizer, "sim, isso é novo e parece bom!".

Todos nós esperamos que você, quer nos acompanhe há quase um ano (eu contei que faremos um ano em abril?), quer tenha curtido a fanpage há dois dias, goste do que verá aqui. Não garanto, e estou sendo bem sincero agora, usando a prerrogativa de editor-chefe dessa bagaça, que toda semana você terá 500 textos diferentes, por maior que nossa equipe seja. Todos estamos aqui porque gostamos de escrever, criar, divulgar nossas ideias a você que está lendo esse texto. O que posso garantir, porém, é que você vai acabar se identificando com algum dos autores ou alguma das formas de expressão que serão usadas aqui. Satisfação garantida, ou seu dinheiro de volta!

Enfim, "o bom filho à casa torna"! Seja bem-vindo ao "Novo RaNDoM"!

Um abraço!